domingo, outubro 23, 2011
DoLaDoDeLá: Prêmio Jabuti: Gilberto Freyre
DoLaDoDeLá: Prêmio Jabuti: Gilberto Freyre: Você vem de onde: da Casa Grande ou da Senzala? Ou sobre o orgulho de ser mestiço. A Democracia racial não existe no Brasil, mas é uma...
Amigo
Diz uma lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e em um determinado ponto da viagem, discutiram e um deu uma bofetada no outro.
O outro ofendido, sem nada poder fazer, escreveu na areia:
“Hoje, e meu melhor amigo deu-me uma bofetada no meu rosto”
Seguiram a diante, em silêncio, até chegarem a um oásis onde resolveram tomar banho.
O amigo esbofeteado e magoado começou a afogar, sendo salvo pelo qual havia o esbofeteado.
Ao recuperar-se, pegou seu canivete e escreveu em pedra:
“Hoje meu melhor amigo salvou a minha vida”
O outro perguntou: Por que, depois que te esbofeteei, te magoei, tu escreveste na areia e agora, escreveste na pedra?
Com um lindo sorriso e olhar um olhar agradecido, respondeu: “Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever onde o vento do esquecimento, do perdão e da temperança se encarregue de apagar a lembrança. Por outro lado, quando nos acontece algo lindo e grandioso, devemos gravar isso na pedra da memória do coração onde vento nenhum em todos os mundos jamais poderá apagar Amigo Jorge Bichuetti Quanta saudade!... Escrevo-lhe com carinho e ternura, abraçando-o como se abraçasse a valentia do nosso avô Sol e a dignidade da nossa avó Lua... O tempo anda escuro e nublado: poucos ousam sonhar e lutar... embora, no horizonte, já se veja as cores da aurora nos indignados que desafiam a apatia e gritam nas ruas, exigem um novo mundo... Num tempo de escuridão, dói a falta de claridade... mas, por enquanto, os que se encastelaram no poder, aprisionaram os sonhos e o fogo da utopia... Celebram suas glórias... Nós? celebramos a derrota... Não é de grande valia a vitória temporária com os esquadrões da opressão... Mais vale a dignidade preservada e a inteireza ética... A solidão amarga... o isolamento asfixia... o medo enlouquece... Contudo, meu amigo guerreiro, o tempo varre as cinzas espúrias das fogueiras da opressão que tentam pulverizar os sonhos e aniquilar a têmpera dos destemidos faróis que anunciam com suas vidas o porvir... Nunca se esqueça: as ilusões passam, os sonhos se solidificam numa caminhada de esperança e inovação... Quanta mistificação!... Tentam calar os sonhos, fazendo rugir o vozerio ruminante das ilusões... Eles passarão... Não sabem... não podem saber, pois caminham nos trilhos da dominação... Um guerreiro é uma engenhoca maquínica de produção de sonhos... O fogo não paga nem captura os sonhos... eles voam: são passarinheiros... Caídos, erguem-se, novamente emplumados num devir fênix... Aqui, estamos... sonhando juntos... Aqui, estamos... lutando sempre... Lhe envio alguns brotos das roseiras que profetizam a primavera no horizonte da nossa caminhada de solidariedade e compaixão, justiça e paz... A vida sementeira; a vida é parideira... Ela irá hastear no coração do povo a bandeira dos direitos humanos... Ela irá fecundar o caminho e ele florescerá... Segue junto um pacote com doce de coco... e o guaraná... O neoliberalismo, expressão social, política e econômica, da Sociedade Mundial de Controle... percorre seu caminho: caplarizando a violência, a exploração e a dominação... Invade nossos territórios; captura aliados... Mas, a utopia cresce... relva entre pedras... vai florescendo no caminho.... A noite não resiste aos encantos da alvorada... Nela, cantam a vida e a utopia, na liberdade passarinheira da vida remoçada no orvalho das manhãs... Nosso abraço... Saudações revolucionárias
O outro ofendido, sem nada poder fazer, escreveu na areia:
“Hoje, e meu melhor amigo deu-me uma bofetada no meu rosto”
Seguiram a diante, em silêncio, até chegarem a um oásis onde resolveram tomar banho.
O amigo esbofeteado e magoado começou a afogar, sendo salvo pelo qual havia o esbofeteado.
Ao recuperar-se, pegou seu canivete e escreveu em pedra:
“Hoje meu melhor amigo salvou a minha vida”
O outro perguntou: Por que, depois que te esbofeteei, te magoei, tu escreveste na areia e agora, escreveste na pedra?
Com um lindo sorriso e olhar um olhar agradecido, respondeu: “Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever onde o vento do esquecimento, do perdão e da temperança se encarregue de apagar a lembrança. Por outro lado, quando nos acontece algo lindo e grandioso, devemos gravar isso na pedra da memória do coração onde vento nenhum em todos os mundos jamais poderá apagar Amigo Jorge Bichuetti Quanta saudade!... Escrevo-lhe com carinho e ternura, abraçando-o como se abraçasse a valentia do nosso avô Sol e a dignidade da nossa avó Lua... O tempo anda escuro e nublado: poucos ousam sonhar e lutar... embora, no horizonte, já se veja as cores da aurora nos indignados que desafiam a apatia e gritam nas ruas, exigem um novo mundo... Num tempo de escuridão, dói a falta de claridade... mas, por enquanto, os que se encastelaram no poder, aprisionaram os sonhos e o fogo da utopia... Celebram suas glórias... Nós? celebramos a derrota... Não é de grande valia a vitória temporária com os esquadrões da opressão... Mais vale a dignidade preservada e a inteireza ética... A solidão amarga... o isolamento asfixia... o medo enlouquece... Contudo, meu amigo guerreiro, o tempo varre as cinzas espúrias das fogueiras da opressão que tentam pulverizar os sonhos e aniquilar a têmpera dos destemidos faróis que anunciam com suas vidas o porvir... Nunca se esqueça: as ilusões passam, os sonhos se solidificam numa caminhada de esperança e inovação... Quanta mistificação!... Tentam calar os sonhos, fazendo rugir o vozerio ruminante das ilusões... Eles passarão... Não sabem... não podem saber, pois caminham nos trilhos da dominação... Um guerreiro é uma engenhoca maquínica de produção de sonhos... O fogo não paga nem captura os sonhos... eles voam: são passarinheiros... Caídos, erguem-se, novamente emplumados num devir fênix... Aqui, estamos... sonhando juntos... Aqui, estamos... lutando sempre... Lhe envio alguns brotos das roseiras que profetizam a primavera no horizonte da nossa caminhada de solidariedade e compaixão, justiça e paz... A vida sementeira; a vida é parideira... Ela irá hastear no coração do povo a bandeira dos direitos humanos... Ela irá fecundar o caminho e ele florescerá... Segue junto um pacote com doce de coco... e o guaraná... O neoliberalismo, expressão social, política e econômica, da Sociedade Mundial de Controle... percorre seu caminho: caplarizando a violência, a exploração e a dominação... Invade nossos territórios; captura aliados... Mas, a utopia cresce... relva entre pedras... vai florescendo no caminho.... A noite não resiste aos encantos da alvorada... Nela, cantam a vida e a utopia, na liberdade passarinheira da vida remoçada no orvalho das manhãs... Nosso abraço... Saudações revolucionárias
sábado, outubro 15, 2011
Filosofia - Artigo do jornal "O Conquistense" - outubro de 2011
Olá leitor amigo!
Sentimos alegria e gratidão pela oportunidade de filosofar, com quem nos prestigia, neste respeitado jornal.
Muito do que escrevemos é produto de reflexões coletivas, ao encontrarmos uma e outra na caminhada diuturna. Ás vezes damos volta enorme, contudo, seguimos o mesmo caminho. Quase sempre não sabemos aonde vamos chegar, porém, como escreveu nosso querido filósofo e fiel jornalista Marco Aurélio Mello, em seu blog “DoLaDoDeLá”, (http://maureliomello.blogspot.com/): “Não sei ainda para onde minhas escolhas vão me levar, mas é para lá que eu quero ir”.
Filosofia é algo que não se apreende em livros de prateleiras, nas suntuosas bibliotecas espalhadas pelo mundo, mas sim em encontros e olhares que até parecem brincadeiras pueris. Mas quem disse que os maiores filósofos não são as crianças? Quem nunca brincou de descobrir se o primeiro a nascer foi o ovo ou a galinha? Tão infantil essa frase, assim como todas as frases que circundam nossas reflexões existenciais e que nos fazem humanos. Frases simples são as mais complexas.
Uma das diferenças entre todos os seres vivos e nós, seres humanos, é que estamos ainda vivos por termos o dever da “consciência de termos consciência”. Talvez nossa consciência tenha nos mostrado que somos os responsáveis pela destruição que vem acontecendo em todo o planeta. Será?
Nem todos, porém tem a vontade de refletir verdadeiramente sobre o assunto. Dá trabalho e tira-nos do trono confortável que estamos acostumados a sentar para apontar o erro alheio. Mal percebemos que, quando apontamos um dedo para o adversário, têm outros três apontados para nós e o dedão dando a maior força para olharmos a ilha que nos transformamos no mundo de hoje.
No mundo da internet, somos levados a estar com todos sem estar com ninguém. Falamos o tempo todo de tudo e se quer olhamos para os que nos ouvem.
A vida é feita sim de escolhas. Recebemos do Grande Mestre o livre arbítrio que nos responsabiliza por tudo que somos. Somos humanos e desejamos direitos, todavia, nem sempre cumprimos com nossos deveres. O maior dever sócio ambiental que temos é cuidarmos do nosso próprio lixo. Quanto lixo o ser humano gera? Lixo urbano, rural, audiovisual e principalmente mental.
Alguns filósofos dizem que o que nossa mente cria, aparece na nossa frente, em “carne e osso”.
Alguém já ouviu falar em “2001, uma odisséia no espaço, “Laranja Mecânica” “Guerra nas estrelas”, ou ainda em “Em dia depois do amanhã”? São filmes criados por mentes brilhantes. Temos esperado cair em nossos colos, a carne e o osso que criamos. Vamos continuar sentados, teclando, em confortáveis cadeiras e assistindo a destruição da natureza nas melhores posições “com a boca cheia de dentes, esperando a morte chegar”?
Já que o tema de hoje é filosofia, que tal levarmos essas reflexões para o nosso travesseiro e quem sabe criarmos uma grande reforma para o Planeta: A tomada verdadeira de consciência. Já passa da hora de sairmos para dar um passeio, longe dos abrigos ilusoriamente protegidos de um possível triste espetáculo.
Abraços fraternos
Sumaia Debroi
Psicologia Ambiental
Segue uma linda imagem criada pela cineasta Daniela Wagner – Genebra – Suíça.
Sentimos alegria e gratidão pela oportunidade de filosofar, com quem nos prestigia, neste respeitado jornal.
Muito do que escrevemos é produto de reflexões coletivas, ao encontrarmos uma e outra na caminhada diuturna. Ás vezes damos volta enorme, contudo, seguimos o mesmo caminho. Quase sempre não sabemos aonde vamos chegar, porém, como escreveu nosso querido filósofo e fiel jornalista Marco Aurélio Mello, em seu blog “DoLaDoDeLá”, (http://maureliomello.blogspot.com/): “Não sei ainda para onde minhas escolhas vão me levar, mas é para lá que eu quero ir”.
Filosofia é algo que não se apreende em livros de prateleiras, nas suntuosas bibliotecas espalhadas pelo mundo, mas sim em encontros e olhares que até parecem brincadeiras pueris. Mas quem disse que os maiores filósofos não são as crianças? Quem nunca brincou de descobrir se o primeiro a nascer foi o ovo ou a galinha? Tão infantil essa frase, assim como todas as frases que circundam nossas reflexões existenciais e que nos fazem humanos. Frases simples são as mais complexas.
Uma das diferenças entre todos os seres vivos e nós, seres humanos, é que estamos ainda vivos por termos o dever da “consciência de termos consciência”. Talvez nossa consciência tenha nos mostrado que somos os responsáveis pela destruição que vem acontecendo em todo o planeta. Será?
Nem todos, porém tem a vontade de refletir verdadeiramente sobre o assunto. Dá trabalho e tira-nos do trono confortável que estamos acostumados a sentar para apontar o erro alheio. Mal percebemos que, quando apontamos um dedo para o adversário, têm outros três apontados para nós e o dedão dando a maior força para olharmos a ilha que nos transformamos no mundo de hoje.
No mundo da internet, somos levados a estar com todos sem estar com ninguém. Falamos o tempo todo de tudo e se quer olhamos para os que nos ouvem.
A vida é feita sim de escolhas. Recebemos do Grande Mestre o livre arbítrio que nos responsabiliza por tudo que somos. Somos humanos e desejamos direitos, todavia, nem sempre cumprimos com nossos deveres. O maior dever sócio ambiental que temos é cuidarmos do nosso próprio lixo. Quanto lixo o ser humano gera? Lixo urbano, rural, audiovisual e principalmente mental.
Alguns filósofos dizem que o que nossa mente cria, aparece na nossa frente, em “carne e osso”.
Alguém já ouviu falar em “2001, uma odisséia no espaço, “Laranja Mecânica” “Guerra nas estrelas”, ou ainda em “Em dia depois do amanhã”? São filmes criados por mentes brilhantes. Temos esperado cair em nossos colos, a carne e o osso que criamos. Vamos continuar sentados, teclando, em confortáveis cadeiras e assistindo a destruição da natureza nas melhores posições “com a boca cheia de dentes, esperando a morte chegar”?
Já que o tema de hoje é filosofia, que tal levarmos essas reflexões para o nosso travesseiro e quem sabe criarmos uma grande reforma para o Planeta: A tomada verdadeira de consciência. Já passa da hora de sairmos para dar um passeio, longe dos abrigos ilusoriamente protegidos de um possível triste espetáculo.
Abraços fraternos
Sumaia Debroi
Psicologia Ambiental
Segue uma linda imagem criada pela cineasta Daniela Wagner – Genebra – Suíça.
sexta-feira, outubro 14, 2011
Artigo de "O Conquistense" setembro de 2011
Universidade Popular Monsenhor Juvenal Arduini
Querido Leitor!
Desejamos que a Divina Providência nos acolha, acolha nossa família e nossos amigos!
Faz cerca de quatro anos que um grupo de sonhadores pensou a Universidade Popular Monsenhor Juvenal Arduini: um espaço que dá oportunidade de acesso a pessoas excluídas das academias.
Lá, os índios, os “negros”, os “loucos” os “pobres”, os “diferentes” e a comunidade adjacente têm a possibilidade de conviver em grupo e participar de cursos de diversas áreas: Ecologia (Ambiência e Vida), Marxismo, Arte e Saúde Mental, oficinas de teatro, de dança, de jornalismo, entre outros. Esse sonho coletivo, sob o olhar amoroso do Doutor Jorge Bichuetti, está crescendo, tomando corpo e nos mostrando que vale a pena sonhar.
O grupo de alunos, de professores, de colaboradores, de usuários e simpatizantes da Universidade Popular esteve presente, no dia Sete de Setembro, em frente ao Mercado Municipal de Uberaba, no movimento nacional “Grito dos Excluídos”. Foi um encontro pacífico, cheio de amor e esperança e que alimentou nossos corações de força, para continuarmos a construção de um espaço libertário, criativo e que traz crescimento para todos os envolvidos.
Os encontros da Upop-JA acontecem no segundo sábado de cada mês, no período de 13h 30min até 19h. O local: Avenida Nossa Senhora do Desterro, 545. Creche Coração de Maria. Bairro Jardim Esplanada. Uberaba, MG. São atividades gratuitas que buscam abrir novos horizontes.
Todos estão convidados a conhecer este sonho real.
As duas fotos que seguem são, respectivamente, uma atividade da Upop-JÁ (Universidade Monsenhor Juvenal Arduini) e o encontro do “Grito dos Excluidos”.
Um abraço fraterno.
Sumaia Debroi
Psicologia Ambiental
Querido Leitor!
Desejamos que a Divina Providência nos acolha, acolha nossa família e nossos amigos!
Faz cerca de quatro anos que um grupo de sonhadores pensou a Universidade Popular Monsenhor Juvenal Arduini: um espaço que dá oportunidade de acesso a pessoas excluídas das academias.
Lá, os índios, os “negros”, os “loucos” os “pobres”, os “diferentes” e a comunidade adjacente têm a possibilidade de conviver em grupo e participar de cursos de diversas áreas: Ecologia (Ambiência e Vida), Marxismo, Arte e Saúde Mental, oficinas de teatro, de dança, de jornalismo, entre outros. Esse sonho coletivo, sob o olhar amoroso do Doutor Jorge Bichuetti, está crescendo, tomando corpo e nos mostrando que vale a pena sonhar.
O grupo de alunos, de professores, de colaboradores, de usuários e simpatizantes da Universidade Popular esteve presente, no dia Sete de Setembro, em frente ao Mercado Municipal de Uberaba, no movimento nacional “Grito dos Excluídos”. Foi um encontro pacífico, cheio de amor e esperança e que alimentou nossos corações de força, para continuarmos a construção de um espaço libertário, criativo e que traz crescimento para todos os envolvidos.
Os encontros da Upop-JA acontecem no segundo sábado de cada mês, no período de 13h 30min até 19h. O local: Avenida Nossa Senhora do Desterro, 545. Creche Coração de Maria. Bairro Jardim Esplanada. Uberaba, MG. São atividades gratuitas que buscam abrir novos horizontes.
Todos estão convidados a conhecer este sonho real.
As duas fotos que seguem são, respectivamente, uma atividade da Upop-JÁ (Universidade Monsenhor Juvenal Arduini) e o encontro do “Grito dos Excluidos”.
Um abraço fraterno.
Sumaia Debroi
Psicologia Ambiental
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